Desempenho dos negócios

GRI 102-45, 201-1

Conheça a seguir os principais destaques do nosso desempenho em 2019. Em razão da cisão da Algar Tech, em dezembro de 2019, os números financeiros de 2019 são pro-forma. Os dados apresentam o histórico para proporcionar base de comparação apenas do negócio Telecom. A íntegra de nossas demonstrações financeiras está disponível no site da Algar Telecom.

R$ milhões201720182019∆ 2018/2019
Receita bruta2.610,72.703,12.809,83,9%
    B2B* 1.426,71.546,51.668,57,9%
    B2C*1.212,01.168,61.145,8(2,0%)
Receita líquida1.884,62.012,62.126,65,7%
EBITDA716,7845,3886,44,9%
    Margem %38,0%42,0%41,7%(0,3 p.p.)
EBITDA recorrente723,7791,3840,66,2%
    Margem % 38,4%39,3%39,5%0,2 p.p.
Lucro líquido227,3266,4303,213,8%
    Margem %12,1%13,2%14,3%1,1 p.p.
Investimentos503,3677,7754,611,3%
Total de clientes B2B (un.)95.377104.791128.29422,4%

*Antes das eliminações intercompanies.

Receita operacional consolidada

A receita líquida consolidada da Algar Telecom atingiu R$ 2.126,6 milhões em 2019. O crescimento de 5,7% (3,9% na bruta) foi impulsionado pelas maiores receitas dos clientes B2B (+7,9%), parcialmente compensadas pela redução das receitas do B2C (-2,0%).

B2B

Com um crescimento de 22,4% no número de clientes, a receita bruta do B2B atingiu R$ 1.668,5 milhões em 2019, um aumento de 7,9% em relação ao ano anterior. Contribuíram para esse resultado tanto a expansão geográfica dos serviços quanto a diversificação de nossas receitas.

Em 2019, entramos em 23 novas localidades do Sul e Sudeste e adquirimos a Smart Telecomunicações, com 5,5 mil km de redes no Recife e em suas proximidades, expandindo as operações no Nordeste, onde passamos a atuar em 2018.

As receitas dos produtos TIC, por sua vez, que compõem as soluções aos clientes B2B, cresceram 50,1% em relação a 2018 e alcançaram 7,0% das receitas do B2B. Ao final de 2019, esse segmento de clientes respondia por 59% das receitas totais da Algar Telecom.

Número de clientes B2B (unidades)201720182019∆ 2018/2019
Total95.377104.791128.29422,4%
      Corporativo10.91913.55015.66415,6%
      MPE84.45891.241112.63023,4%

B2C

A receita bruta dos clientes B2C somou R$ 1.145,8 milhões em 2019, 2,0% menor que a do ano anterior, impactada pela queda das receitas de voz e TV por assinatura, parcialmente compensada pela evolução positiva das receitas de banda larga.

As receitas de banda larga cresceram 9,7% em 2019, fruto da evolução das receitas de Fiber to the Home (FTTH). O total de homes passed da Companhia aumentou 34% no ano, possibilitando não somente um aumento do número de clientes conectados com fibra, mas também a migração de clientes para planos de maiores velocidades e maior Average Revenue per User (ARPU – receita média por cliente). Ao final de 2019, 50% das receitas do B2C eram provenientes de banda larga, e 57,7% dos clientes estavam conectados por fibra.

As receitas de voz reduziram 21,0% em relação a 2018, reflexo, sobretudo, da contínua migração do uso para serviços de dados em função da maturidade do serviço de voz. Como reflexo desse movimento, a participação das receitas de voz nas receitas totais do B2C, que era de 45% em 2017, passou para 35% em 2018 e 28% no ano passado.

Nos serviços de TV por assinatura, celebramos, no final de 2019, uma parceria com a SKY Serviços de Banda Larga, passando a ofertar, aos nossos clientes, serviços do portfólio de TV da parceira. Com isso, ao mesmo tempo em que despriorizamos as tecnologias DTH e HFC do nosso portfólio próprio de serviços, continuamos garantindo soluções completas aos clientes.

Dados operacionais* B2C (mil)201720182019∆ 2018/2019
Dados 5155435694,6%
Telefonia fixa756723708(2,1%)
Telefonia móvel1.2861.2591.2781,5%
TV por assinatura988468(18,9%)

*Dados publicados pela Anatel referentes à área de concessão.

Custos e despesas operacionais

Os custos e despesas operacionais, excluindo amortização e depreciação, somaram R$ 1.240,3 milhões em 2019, um aumento de 6,3% em relação a 2018. Esse resultado foi impactado por efeitos positivos não recorrentes no valor total de R$ 45,8 milhões. Retirando esses efeitos, assim como os R$ 54,0 milhões contabilizados em 2018, o aumento recorrente é de 5,3%, variação menor que o crescimento da receita e que resultou em aumento da margem operacional.

Os efeitos não recorrentes, contabilizados em outras receitas/despesas operacionais, são referentes a:

  • (+R$ 138,3) milhões referentes à exclusão do ICMS da base de cálculo da contribuição ao PIS e COFINS;
  • (-R$ 10,7) milhões relativos a revisões nos valores de contingências e depósitos judiciais já existentes anteriormente;
  • (-R$ 64,7) milhões decorrentes da baixa de imobilizado e estoque do produto TV, em razão da expectativa de não recuperabilidade dos ativos diante do cenário de queda do número de assinantes e da parceria firmada com a SKY Serviços de Banda Larga Ltda;
  • (R$ -13,1) milhões referentes à revisão nos valores reconhecidos com a venda de modens em períodos anteriores; e em pessoal: (-R$ 4,0) milhões resultantes do redimensionamento do valor de Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

EBITDA

O EBITDA alcançou R$ 886,4 milhões em 2019, crescimento de 4,9% em relação ao ano anterior. A margem alcançada foi de 41,7%. Contribuíram para esse resultado a expansão das operações dos clientes B2B e o contínuo esforço no controle de custos e despesas, além de efeitos positivos não recorrentes. Excluindo esses efeitos, assim como os incidentes em 2018, houve um aumento de 6,2% no EBITDA.

A evolução do EBITDA foi impactada pelas recentes expansões realizadas, com a entrada em um total de 64 novas localidades em 2018 e 2019, cuja dinâmica prevê gastos iniciais de aluguéis de sites, equipes comerciais e despesas mercadológicas, e cuja receita correspondente ainda não alcançou o seu potencial.

Depreciação e amortização

As despesas com depreciação e amortização apresentaram crescimento de 16,8% em 2019, em função da maior base de ativos imobilizados, resultante da expansão das redes para a oferta de serviços a clientes B2B e das redes de fibra para atender os clientes B2C com FTTH.

Resultado financeiro líquido

Apresentamos resultado financeiro líquido de R$ 47,7 milhões em 2019, uma redução de R$ 77,2 milhões em relação a 2018. Essa queda foi ocasionada pelo efeito das reversões de provisões decorrentes da exclusão do ICMS da base de cálculo da contribuição ao PIS e COFINS, que afetaram esta conta no montante de R$ 111,3 milhões. Excluindo esse efeito, houve um aumento de R$ 34,1 milhões, explicadas por um maior saldo médio de dívida.

Lucro líquido

O lucro líquido foi de R$ 303,2 milhões em 2019, um aumento de 13,8% em relação ao de 2018, com margem sobre a receita operacional líquida de 14,3%. Ajustado pelos efeitos não recorrentes de ambos os períodos, o lucro passou de R$ 215,3 milhões em 2018 para R$ 205,4 milhões em 2019. A queda, de 4,6%, é fruto dos maiores gastos com depreciação e das despesas financeiras para financiar os investimentos, parcialmente compensadas pela expansão do EBITDA.

Envididamento

Ao final de 2019, a Companhia apresentava dívida bruta de R$ 2.275,1 milhões (R$ 2.631,5 milhões com IFRS 16), 38,4% superior à posição de 31 de dezembro de 2018. O maior endividamento é explicado por duas emissões de dívidas realizadas em 2019 (8ª e 9ª emissões públicas de debêntures), captações que permitiram que financiássemos parte dos significativos investimentos realizados no ano e que iniciássemos 2020 conectando novos clientes nas redes recém-construídas. A dívida líquida, por sua vez, cresceu 22,5% e a Algar Telecom encerrou o ano de 2019 com o saldo de caixa de R$ 424,4 milhões, volume robusto frente aos compromissos previstos para 2020.

O perfil da nossa dívida é de longo prazo, com 2% vencendo no curto prazo e 79% com vencimento acima de 2 anos. O indicador de dívida líquida/EBITDA é de 1,7x (2,1x com IFRS16), condizente com os covenants contratuais.

Em 31 de dezembro de 2019, 28,4% da dívida da Algar Telecom estava indexada ao IPCA, 71,2% ao CDI e 0,4% pré-fixada.

Cronograma de amortização da dívida bruta (R$ milhões)

Investimentos

Investimos R$ 754,6 milhões em 2019, volume 11,3% maior que em 2018. Os recursos foram direcionados, sobretudo, à expansão das operações, incluindo tanto a aquisição da Smart Telecom, quanto a expansão das redes do B2B, com a entrada em 23 novas localidades, além do aumento da cobertura de fibra para a entrega de banda larga de alta velocidade aos clientes varejo (FTTH).

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

R$ mil31/12/201831/12/2019
Receitas3.855.8864.595.832
     Vendas de mercadorias e serviços3.682.5923.648.478
     Outras receitas191.228233.435
     Receitas referentes à construção de ativos próprios0735.308
     Provisão para créditos de liquidação duvidosa(17.934)(21.389)
Insumos adquiridos de terceiros(1.061.812)(1.678.840)
     Custo das mercadorias e serviços vendidos(599.161)(592.074)
     Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (462.651)(1.086.766)
Valor adicionado bruto2.794.0742.916.992
Retenções(364.241)(503.367)
   Depreciação, amortização e exaustão(364.241)(503.367)
Valor adicionado líquido produzido2.429.8332.413.625
Valor adicionado recebido em transferência73.543155.923
   Receitas financeiras73.543155.923
Valor adicionado total a distribuir2.503.3762.569.548
Distribuição do valor adicionado2.503.3762.569.548
     Pessoal866.501974.703
       Remuneração direta628.878740.213
       Benefícios180.799176.142
     FGTS56.82458.348
     Impostos, taxas e contribuições1.029.3371.010.104
       Federais435.156417.925
       Estaduais562.037563.848
     Municipais32.14428.331
   Remuneração de capitais de terceiros291.501282.025
     Juros163.775210.144
     Aluguéis127.72671.881
   Remuneração de capitais próprios316.037302.716
     Dividendos105.082100.653
     Lucros retidos/prejuízo do período210.955202.063
     Part. não controladores nos lucros retidos00
   Outros00